Se você é um produtor rural, deve conhecer a importância da armazenagem de grãos para o seu negócio. Mas você sabia que os grãos procedentes das lavouras não apresentam condições adequadas para serem prontamente armazenados? É importante que se faça uma correta secagem de grãos.
Quando colhidos, a maioria dos grãos apresenta teores de umidade superiores ao recomendado para uma armazenagem segura em silos. Porém, a manutenção desta umidade por períodos de tempo mais elevados é um dos fatores principais que aceleram o processo de deterioração.
Daí a importância da secagem de grãos, que possibilita que o armazenamento de grãos em silos seja realizado para o longo prazo sem maiores problemas quanto à qualidade do produto.
Entretanto, muitas são as dúvidas quanto ao processo de secagem. Saiba porque é importante secar os grãos, como funciona o processo de secagem, seus métodos mais comuns e os equipamentos mais utilizados.
A secagem é conhecida como uma operação que tem por finalidade principal reduzir o teor de umidade do produto, até que ele atinja um nível adequado à sua estocagem em silos, mantendo ao máximo a sua qualidade.
Além disso, com a secagem de grãos há a minimização das perdas quantitativas e qualitativas que porventura ocorrem no campo, seja pelo atraso da colheita ou durante o armazenamento inadequado do produto.
A secagem de grãos proporciona também a colheita com umidade alta, que, por sua vez, traz diversas vantagens ao produtor, como:
a) possibilidade de planejar a colheita com antecedência;
b) possibilidade de colher mais horas por dia e mais dias por safra;
c) menor perda de sementes por deiscência/degrane natural.
Por fim, quando realizada corretamente, a secagem possibilita o armazenamento dos grãos em silos com maior eficiência e economia, possibilitando maior segurança, menor presença de pragas e redução do risco de incêndios.
Uma boa armazenagem possibilita também que o produtor possa colher e secar o grão imediatamente, comercializando-o em momentos mais interessantes e com melhores preços, principalmente fora da sazonalidade.
A secagem baseia-se no aumento da temperatura do ar, diminuindo sua umidade. Assim, o ar será capaz de absorver a umidade disponível em outros corpos, como os grãos.
Durante a secagem, o teor de umidade dos grãos acompanhará a diminuição de umidade do ar em razão de uma corrente de ar quente, tendendo ao equilíbrio higroscópico. Nesta ocorrência, a umidade do grão sempre entra em equilíbrio com a umidade relativa e a temperatura do ar que o envolve. Há basicamente dois processos de secagem de grãos. Método natural e método artificial.
A secagem natural utiliza, basicamente, as energias do sol e do vento para remover a umidade da semente. Tal método costuma ser realizado com o uso de eiras, tabuleiros ou lonas, onde os grãos são esparramados e secados naturalmente. Porém, nesta modalidade há total dependência das condições climáticas, portanto não pode ser tão eficaz.
Este método consiste no emprego de equipamentos, conhecidos como secadores, que visam aumentar a velocidade do processo de secagem de grãos. Estes secadores proporcionam um fluxo de ar aquecido num ambiente fechado, acelerando o processo de secagem.
O processo artificial de secagem é mais comum para grandes quantidades de grãos. A secagem artificial pode ser estacionária, de fluxo contínuo ou intermitente.
O método estacionário de secagem consiste basicamente em se forçar o ar através de uma massa de grãos. Esse método de secagem de grãos requer precauções importantes para o seu adequado desempenho, caso do fluxo de ar, da umidade relativa do ar (UR) e da temperatura do ar de secagem.
Já a secagem contínua é realizada em secadores contínuos. Estes são formados por duas câmaras, uma destinada à secagem e outra ao resfriamento.
O método contínuo consiste em fazer passar os grãos somente uma vez pela câmara de secagem. Nela, os grãos entram úmidos no topo e saem secos na base do equipamento secador.
Por fim, no secador intermitente o grão é submetido à ação do ar aquecido na câmara de secagem a intervalos de tempo. Esse processo permite a homogeneização da umidade e resfriamento dos grãos quando os mesmos estão passando pelas partes do sistema onde não recebam ar aquecido.
O processo de intermitência permite que ocorra o transporte de água do interior para a superfície do grão durante o período de equalização, diminuindo a sua concentração no interior do grão.
Vários são os tipos de secadores de grãos oferecidos por diversos fabricantes. Os modelos mais comuns são os secadores tipo Cascata e o de fluxos cruzados.
Secador tipo cascata
Estes secadores têm o corpo formado por calhas. Estas são montadas em módulos colocados uns sobre os outros, formando todo o corpo do secador. O produto desce entre as calhas e o ar quente atravessa a camada de grãos, retirando assim a sua umidade.
Com isso, o produto chega ao sistema de descarga com teor de umidade bastante uniforme. Estas calhas possuem uma extremidade aberta e outra fechada, com isso é forçada a passagem do ar pelo produto.
Secador de Fluxos Cruzados
Nestes secadores, o produto fica em movimento entre as duas chapas metálicas perfuradas. O ar de secagem atravessa a coluna de produto, passando pelos furos das chapas, reduzindo assim a umidade do grão.
Geralmente nesse tipo de secador há a tendência de o produto que está em contato com ar mais quente secar mais. Porém, se a desuniformidade do teor de umidade for muito grande, a conservação do produto poderá ficar prejudicada.
Em razão disso, o controle da temperatura no secador de fluxos cruzados exige maior cuidado porque o produto que desce do lado da entrada do ar tende a ficar durante todo o tempo exposto a temperatura mais alta.
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