O Brasil é um dos maiores produtores de grãos do mundo. A cada ano que passa a safra brasileira de grãos atinge colheitas históricas. Mas tão importante quanto a eficiência na colheita é o processo de secagem de grãos, caracterizado por exercer grande influência sobre a qualidade do produto.
Após a colheita, os grãos costumam apresentar elevada umidade que precisa ser reduzida para proporcionar uma armazenagem sem que a ocorrência de processos de deterioração – em função de diversas funções metabólicas – afete a qualidade do grão.
Por isso, é fundamental que para o processo de estocagem é importante que seja realizada a correta secagem de grãos, fator essencial para garantir a máxima qualidade da massa de grãos.
Mas quais são os efeitos dessa secagem? Por que ela é tão importante? Veja as respostas no nosso post de hoje.
O processo de secagem de grãos é uma operação realizada logo após a colheita e tem por finalidade reduzir o teor de umidade desse produto até que atinja um nível adequado à sua armazenagem, mantendo ao máximo a sua qualidade por um período de tempo bem mais prolongado.
Assim, o princípio da secagem dos grãos, independentemente do sistema adotado, está associado a alguns fatores de importância, tais como: temperatura, umidade relativa, velocidade do ar de secagem e taxa de secagem do produto.
Dessa forma, o processo de secagem de grãos baseia-se na propriedade pela qual o aumento da temperatura do ar diminui a sua umidade e o torna capaz de absorver a umidade disponível em outros corpos, como os grãos.
Então, o teor de umidade dos grãos acompanhará a diminuição de umidade do ar quando os submetemos a uma corrente de ar quente, tendendo ao equilíbrio higroscópico.
Vale lembrar que o equilíbrio higroscópico é representado pela relação dinâmica entre a pressão de vapor do ar ambiente e a da semente ou grão, que representa a igualdade de razão de transferência de água, em forma de vapor, do grão para o ambiente ou vice-versa.
Alguns são os métodos mais utilizados para a realização da secagem de grãos. Estes irão se diferenciar conforme o tipo de equipamento utilizado que exercerá influência sobre a qualidade e o tempo de secagem.
A figura a seguir apresenta um esquema sobre os tipos de secagem mais comuns:
Secagem natural
Esse é o método de secagem mais simples, onde a retirada da umidade ocorre ao ar livre por meio do uso das energias solares e eólica com o objetivo de remover a umidade da semente ou grão. É recomendado para pequenas quantidades de produto.
Como desvantagens, observa-se uma alta dependência das condições climáticas, além da promoção da retirada da umidade realizada de forma muito mais lenta.
Secagem Artificial
Consiste no emprego de artifícios tecnológicos (conhecidos como secadores de grãos) que são responsáveis por aumentar a velocidade da secagem. A nível comercial, os secadores podem se apresentar sob diferentes configurações e equipamentos, que propiciam uma secagem de grãos que pode ser realizada com a adoção de baixas e/ou altas temperaturas.
A secagem artificial em alta temperatura especificamente ocorre pela exposição da massa de grãos a um fluxo de ar aquecido em ambientes fechados, cujas variedades são caracterizadas conforme o fluxo no secador, que pode ser estacionário, de fluxo contínuo e de fluxo intermitente.
Neste tipo de secagem não há dependência de condições climáticas, visto que todo o processo é realizado em ambientes fechados. Além disso, o processo de secagem é muito mais eficiente e rápido, principalmente quando comparado à secagem natural.
Sem dúvidas o principal efeito de uma secagem de grãos realizada de forma eficiente e dentro dos parâmetros é a mantença da qualidade da massa de grãos por muito mais tempo. Essa secagem também permite significativa na redução na perda de grãos na pós-colheita.
Mas além das questões qualitativa e quantitativa, a secagem de grãos, quando realizada corretamente, resulta em efeitos positivos sobre muitas outras variáveis de suma importância para o sucesso da produção agrícola.
Uma dessas variáveis tem relação com a questão mercadológica. Devido a possibilidade de secagem, a colheita dos grãos pode ser realizada com umidades mais elevadas, que consequentemente podem trazer as seguintes vantagens:
a) planejar a colheita com antecedência;
b) realizar a colheita por mais horas por dia e mais dias por safra;
c) menor perda de sementes por deiscência/degrane natural.
Com essas possibilidades, o produtor pode ainda colher e secar o grão imediatamente, permitindo que ele comercialize o grão em momentos mais propícios comercialmente e com melhores preços, principalmente em períodos compreendidos fora da sazonalidade.
Além disso, quando realizada corretamente, a secagem trará efeitos positivos sobre o armazenamento dos grãos, que será realizado com muito mais eficiência, economia e segurança, além da menor ocorrência de pragas e redução do risco de problemas qualitativos.
Gostou dos efeitos benéficos da secagem de grãos? Então aproveite e veja porque o armazenamento do grão é tão importante.
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